28/06: Dia Internacional do Orgulho LGBTQIAP+



 

Na madrugada de 28 de junho de 1969 um grupo de policiais de Nova Iorque fez uma rotineira batida no bar "The Stonewall Inn, marcada por repressão e violência. O local, frequentado por gays, lésbicas, transexuais, drag queens e outras figuras marginalizadas, era alvo frequente de hostilizações e de abusos policiais.

 

Daquela vez, porém, algo diferente aconteceu: revoltados, os frequentadores jogaram copos e se recusaram a ser presos. A resistência e a revolta espalharam-se como um rastilho de pólvora pelo bairro do Greenwich Village, com LGBTs – Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros lutando contra os policiais, virando carros e tirando abruptamente do armário a violência e o desprezo dirigido pela sociedade e pelo Estado àquelas pessoas, ressignificando-os por meio do grito do orgulho gay.

 

Nos seis dias seguintes, diversas manifestações tomaram conta da cidade e de outras cidades dos Estados Unidos da América – EUA. A partir daí, a data passou a ser considerada o marco zero do movimento LGBT contemporâneo. Hoje (28/06/2020) a manifestação completa 51 anos.

 

Naquela madrugada, Marsha P. Johnson estava na linha de frente ao lado de outras drag queens. Nascida Malcolm Michaels, em 1945, Marsha era negra, drag queen, prostituta, modelo de Andy Warhol e, acima de tudo, tornou-se uma figura fundamental e catalizadora nos primeiros anos das lutas dos LGBTs por direitos nos EUA.

 

Em 1992, seu corpo foi encontrado no Rio Hudson, próximo ao bairro onde viveu e militou. Classificada como “suicídio”, as circunstâncias de sua morte nunca foram totalmente esclarecidas ou investigadas.

 

O legado e a trajetória da ativista são o centro do documentário The Death And Life Of Marsha P. Johnson “A Morte e a Vida de Marsha P. Johnson”, que estreou no Netflix em outubro/2019. Além de explorar as biografias das veteranas de Stonewall Inn, o filme captura a longa luta de outra transexual, Victoria Cruz, para reabrir o caso e pedir justiça para Marsha.

 

LGBTQIAP+ é a versão reduzida de LGBTT2QQIAAP. A sigla é dividida em três partes. A primeira, LGB (Lésbicas, Gays, Bissexuais), diz respeito à orientação sexual do indivíduo. A segunda, TQI (Transexuais/Travestis/Transgêneros, Queer, Intersexo), diz respeito ao gênero. A terceira, AP+, engloba todas as outras letras de LGBTT2QQIAAP, como o “A” de Assexuais/Arromânticos/Agênero e o “P” de Pansexuais/Polissexuais.

 




Inicial | Voltar
Link permanente: