O Município de Igaratinga, representado pelos Excelentíssimos Senhores Renato de Faria Guimarães, Prefeito Municipal, e Dirceu Alves Rodrigues, Vice-Prefeito, parabeniza todas as mulhes, nascidas e por opção, em especial, às igaratinguenses, por esse dia tão sublime. Saibam que vocês têm uma importância fundamental na sociedade, tanto na conscientização quanto na participação ativa em mudanças em prol da criação de um mundo novo, mais justo, inclusivo, democrático e igualitário. Uma grande salva de palmas para vocês: únicas e múltiplas.
Que essa seja mais uma data para comemorar. Que esse seja um momento de reflexão sobre os direitos e o respeito que ainda são tão falhos em nossa sociedade para com as mulheres. Que hoje seja um dia de levantar a bandeira da igualdade de gênero, de lutar contra o machismo, a misoginia, o feminicídio, a violência de gênero, a homofobia e tantos outros preconceitos e violências que ainda perduram. Que essa luta perdure por todos os dias do ano e não apenas nesse 8 de março. A esperança é que, algum dia, possamos realmente ter motivos para comemorar essa data e celebrar com todas as mulheres empoderadas.
Com licença poética
Quando nasci um anjo esbelto,
desses que tocam trombeta, anunciou:
vai carregar bandeira.
Cargo muito pesado pra mulher,
esta espécie ainda envergonhada.
Aceito os subterfúgios que me cabem,
sem precisar mentir.
Não sou tão feia que não possa casar,
acho o Rio de Janeiro uma beleza e
ora sim, ora não, creio em parto sem dor.
Mas o que sinto escrevo. Cumpro a sina.
Inauguro linhagens, fundo reinos
– dor não é amargura.
Minha tristeza não tem pedigree,
já a minha vontade de alegria,
sua raiz vai ao meu mil avô.
Vai ser coxo na vida é maldição pra homem.
Mulher é desdobrável. Eu sou.
Adélia Prado, Bagagem. São Paulo: Siciliano, 1993. p. 11.